28/01/2019
Fonte:https://lunetas.com.br/preservacao-ambiental/
“O país abriga também uma rica sociobiodiversidade, representada por mais de 200 povos indígenas e por diversas comunidades – como quilombolas, caiçaras e seringueiros, para citar alguns – que reúnem um inestimável acervo de conhecimentos tradicionais sobre a conservação da biodiversidade.” (Fonte: Ministério do Meio Ambiente)
No entanto, na História recente do país, não faltam exemplos de como essa narrativa foi e vem sendo deturpada. O meio ambiente brasileiro tem sofrido exponencialmente os impactos nocivos da ação do homem. Para citar somente algumas, desmatamento, mineração e exploração de recursos feitos de forma irresponsável resultam ano após ano em danos irreversíveis do ponto de vista natural e social.
Nos últimos três anos, o Brasil sofreu dois dos seus maiores marcos de revés ambiental: Mariana, em 5 de novembro de 2015, e Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019. Ambos ocorreram em função do rompimento de barragens no Estado de Minas Gerais, acarretando a liberação de toneladas de lama tóxica nas bacias hidrográficas do Rio Doce e Rio Paraopeba. Tudo isso a um custo ambiental e humano imensurável – clique aqui para saber mais.
Falar de preservação ambiental com as crianças, então, deve ser uma preocupação de uma educação que se preocupe em formar próximas gerações mais conscientes e responsáveis. Nesse sentido, a literatura pode ajudar. Afinal, conversar sobre natureza e conservação com os pequenos não se trata apenas de apresentar biomas e classificar espécies, e sim de despertar desde cedo o respeito pela natureza como parte do que somos.
Na lista do Lunetas, tem Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ziraldo, André Neves, Shel Silverstein e muitos outros escritores e ilustradores em histórias de respeito e reverência à natureza
Assim, histórias de ficção que abordem direta ou indiretamente a questão do meio ambiente e problematizem a relação entre homem-natureza têm grande potencial de instigar nas crianças – e também nos adultos que leem com elas – o senso de urgência de renovação de um pensamento que a cada ano se revela mais falido: a falsa superioridade do homem sobre a natureza.
Tudo isso com um diferencial da literatura dita “para crianças”: a fábula, a brincadeira e o jogo poético com as palavras estimulam o pensamento crítico a partir da imaginação de cada um, e não do didatismo e ou da imposição de verdades absolutas.
Como sugere o livro “A Árvore”, do autor Roberto Carvalho Magalhães, um dos livros indicados nessa lista, por que o progresso humano deve estar em contradição com a natureza?
*As sinopses dos livros são de autoria das respectivas editoras.