Conflito por terra deixa assentados feridos na zona rural de Prata, MG

29/09/2017

Por Caroline Aleixo, G1 Triângulo Mineiro

Fonte:https://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/conflito-por-terra-deixa-assentados-feridos-na-zona-rural-de-prata-mg.ghtml

Segundo a PM, 10 homens armados invadiram fazenda nesta sexta-feira (29) e agrediram trabalhadores rurais que ocupavam o local. Polícia foi acionada; Incra se posicionou.

Três integrantes do Movimento Unidos dos Sem-Terra (MUST 2) que ocupam uma área na Fazenda da Barra, na zona rural do município de Prata, ficaram feridos durante um conflito na madrugada desta sexta-feira (29). De acordo com a Polícia Militar (PM), um grupo com 10 homens armados e encapuzados invadiu o local atirando para o alto e agredindo os ocupantes. Carros e algumas casas também foram danificadas pelos criminosos.

Os militares das cidades de Prata e de Campo Florido foram para a fazenda durante a manhã para apurar os fatos e garantir a segurança dos assentados que retornaram para a área.

 O assentamento onde as agressões ocorreram ocupa uma área de aproximadamente 3.500 hectares e fica no km 144 da BR-153. A advogada que representa o MUST 2, Marilda Ribeiro, informou que os feridos, incluindo mulheres, foram agredidos com coronhadas e que os carros dos trabalhadores rurais foram baleados.

ocupação Fazenda da Barra Prata (Foto: PM/Divulgação)ocupação Fazenda da Barra Prata (Foto: PM/Divulgação)

ocupação Fazenda da Barra Prata (Foto: PM/Divulgação)

O comandante da PM em Prata, capitão Advaldo Andrade da Silva, disse que as testemunhas relataram que havia cerca de 90 pessoas no local e que, depois do ataque, muitos foram embora. Ninguém foi baleado, mas três pessoas sofreram lesão corporal por parte dos agressores e foram levadas com ferimentos leves para hospitais da região.

A advogada do movimento, Marilda Ribeiro, explica que as famílias estavam assentadas em uma das três fazendas que compõem a área desde 2015 e, recentemente, ocuparam outras duas fazendas. Marilda informou que o movimento tem autorização de posse do local.

A suspeita, segundo relato das vítimas, é de que o mandante do ataque seja um empresário para o qual a terra está alienada. O empresário, José Orlando Antunes Silveira, não quis comentar as acusações. O advogado dele, Paulo José Gouveia Júnior, informou que a Justiça vai apreciar a discussão.

A assessoria de comunicação do Incra informou que a ouvidoria do instituto está em contato com o movimento para ajudar a solucionar o conflito.

A PM faz rastreamentos pela região para identificar os autores e encaminhou os materiais apreendidos para a Polícia Civil.

“Eles relatam que a ação durou apenas 15 minutos e foi tudo muito rápido. Ainda não foi possível identificar os autores porque estavam encapuzados. Nós levantamos as informações preliminares e recolhemos cápsulas de calibre 38 e 12 que serão repassadas à Polícia Civil para investigação do crime”, comentou o capitão.

Alguns integrantes do movimento ficaram feridos, diz PM (Foto: PM/Divulgação)Alguns integrantes do movimento ficaram feridos, diz PM (Foto: PM/Divulgação)

Alguns integrantes do movimento ficaram feridos, diz PM (Foto: PM/Divulgação)

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