17/11/2017
Fonte:http://aba-agroecologia.org.br/wordpress/caderno-de-metodologia/Lançado no I Encontro Nacional dos Núcleos de Agroecologia, em Luziânia em setembro de 2017, agora o Caderno de Metodologias está online.
A publicação é fruto de um intenso trabalho em rede desenvolvido pelos Núcleos de Agroecologia e pelas Redes de Núcleos ao longo do Projeto “Sistematização de experiências, construção e socialização de conhecimentos: o protagonismo dos Núcleos e Rede de Núcleos de Estudos em Agroecologia das universidades públicas brasileiras” animado, de setembro de 2015 a 2017, pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia) com apoio do MDA/SEAD e do CNPq, e tendo como coordenação compartilhada, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Embrapa Agrobiologia e pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
O Caderno reúne 28 fichas metodológicas sistematizadas a partir da prática da equipe que percorreu mais de 17 Núcleos de Agroecologia, das cinco regiões do país, experimentando, exercitando e ressignificando possibilidades de diálogo, interação e construção coletiva do conhecimento.
Grande parte das fichas sistematiza práticas pedagógicas históricas construídas pela Educação Popular. A aposta do Caderno é visibilizar a interface fértil, criativa e potente da Educação Popular com a Agroecologia, socializar a experiência e a prática inspiradora dos NEAs que seguem colorindo o ensino, a pesquisa e extensão, e lançar sementes de novas possibilidades que possam ser constantemente recriadas e adaptadas!
Costumamos dizer que sistematizar é mergulhar em rios de múltiplas histórias.Essas experiências deságuam no mar de inúmeras práticas agroecológicas construídas pela resistência de muitas agricultoras e agricultores. Para reunir a memória desse processo e garantir o registro e a partilha das lições aprendidas durante essa caminhada temos a felicidade de dividir com vocês o Caderno de Metodologias, com as nossas inspirações, experimentações e práticas na construção do conhecimento agroecológico.
Partilhar os aprendizados é compromisso na sistematização de experiências.Mais do que uma etapa que conclui um ciclo de atividades, anunciar os desafios, partilhar as colheitas e as trajetórias são princípios pedagógicos e políticos que dão sentido ao trabalho feito por tantas mãos. Sistematização envolve surpresas, presentes e poesia. Tem desafios, dores, despedidas, sombras e luzes. Esperamos que a partilha dessas metodologias fortaleçam a agroecologia enquanto ciência, movimento e prática, e, sobretudo, possam rechear e fortalecer o repertório de ação, no campo e na cidade, das educadoras e educadores populares espalhados por todos os cantos do Brasil.
Estimulamos que quem encontrar esse caderno possa brincar com as combinações de metodologias e construir processos genuínos nos territórios de acordo com suas demandas, vozes e culturas. Como sementes que encontram a terra, estas atividades são potenciais frutificadores de reflexões e ações muito além da nossa expectativa.
Ousem, criem, organizem a esperança e construam a resistência!
Em tempos difíceis, é preciso esperançar. Como nos lembra Paulo Freire, “é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…”.
E contando e recontando a história do nosso povo é que construiremos uma nova sociedade justa, igualitária e agroecológica para todos e todas!
Em breve vamos lançar um financiamento coletivo para a comercialização solidária do livro impresso. Caso você já queira sinalizar seu interesse escreva, com o título “Caderno de Metodologias”, para o e-mail: sistematiza.aba@gmail.com
Além do Caderno, tem mais material na nossa Biblioteca “Varal de Saberes,” tem mais de 37 vídeos no Youtube sobre agroecologia e uma página no facebook bem bonita para você curtir e acompanhar.
Nati, Pati e André <3
Lembramos, que este caderno só foi possível pela dedicação imensa do Bernardo Vaz, Muriel Duarte e Alberto Saulo em colorir – em tão pouco tempo – de maneira coerente, pedagógica e ousada esse material; Pelo apoio de sempre, com os cuidados e idas e vindas ao banco, correio e o que mais fosse possível do começo ao fim dessa história toda do projeto, assim agradecemos demais a Yolanda Maulaz, Luiza Damigo, Rodrigo Avelar e Luisa Melgaço. Não seria possível reunir, revisar e organizar todo esse material sem o mutirão de pesquisa e escrita do Coletivo de Comunicação Popular “Mídia Crioula” que foi a matéria prima do trabalho que seguiu e também nada disso se tornaria real, sem a confiança e apoio da coordenação do projeto e da Diretoria da ABA-Agroecologia, Irene Cardoso, Cris Amâncio e Vírginia Aguiar, grata pela autonomia e inspiração