Romeu Zema; polícia avança sobre o acampamento Quilombo Campo Grande

O Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) denunciou nesta quinta-feira (13) que, ao contrário do anunciado ontem pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo-MG), a ação de despejo no acampamento Quilombo Campo Grande segue , com policiais no local desde a madrugada.

“Despejo continua, polícia avança sobre o acampamento Quilombo Campo Grande. A sede da Escola Popular Eduardo Galeano foi demolida nesta manhã. Mais de 200 homens estão no local neste” -esta foi a mensgaem urgente do MST distribuída no meio da manhã.

Zema declarou na tarde desta quarta-feira, (12), que havia suspendido o cumprimento de uma decisão judicial de reintegração de posse do acampamento Quilombo Campo Grande, que reúne 450 famílias sem-terra no município de Campo do Meio, no sul de Minas Gerais, mas, como denunciou a entidade, não cumpriu com o que disse.

oda a ação começou despejo começou nesta quarta-feira (12) quando cerca de 450 famílias de um acampamento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Campo do Meio, município do Sul do estado de Minas, foi despejada em meio à pandemia da Covid-19.

A reintegração de posse, que prevê a retirada da vila de moradores e da estrutura da Escola Popular Eduardo Galeano, foi emitida pela Justiça estadual mesmo sob decreto de calamidade pública em Minas Gerais devido à pandemia do novo coronavírus. As famílias seguem no local e tentam negociar a permanência na área. Até o momento, apenas a área da Escola foi reintegrada.

A dirigente da regional do MST no Sul de Minas, Tuíra Tule, questiona a ação arbitrária de despejo das famílias do Acampamento Quilombo Campo Grande e reafirma o sonho de construir no espaço uma Universidade Popular, um polo da agroecologia na região: “Esse espaço para nós é o sonho do conhecimento e mais uma vez estamos sofrendo uma reintegração de posse ilegítima.”

acampamento-quilombo
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O acampamento Quilombo Campo Grande foi instalado há mais de 20 anos na terra da Usina Ariadnópolis, da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia) que faliu em 1990. A área abandonada de 4 mil hectares ficou degradada por conta do monocultivo de cana-de-açúcar. O MST decidiu ocupar e plantar café, milho e hortaliças, além de criar galinhas.

O acampamento também contava com a presença de funcionários que ficaram sem indenização após a falência da empresa, acrescenta a reportagem.

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