13/07/2021
São João das Missões tem população majoritária formada por indígenas e utilizou mais Coronavac e, por isso, avançou rapidamente
Uma das razões para isso também se deve ao fato de que o município utilizou, sobretudo, Coronavac, cuja aplicação entre as duas doses é com intervalo de três semanas – bem menor em comparação aos três meses indicados para Pfizer e Astrazeneca, também em uso no país.
Ao todo, São João das Missões tem cerca de 13 mil habitantes, e a secretaria de Saúde estima que mais de 60% são indígenas (mais do que o citado pelo IBGE em 2010, última vez que o Censo foi realizado). Destes, 88% já tomaram ao menos uma dose, segundo o Executivo. Apesar do avanço, todavia, os cuidados seguem na cidade. “As recomendações gerais são as mesmas de antes, como uso de máscara, álcool em gel, distanciamento social”, afirma o secretário municipal de Saúde de São João das Missões, Jonesvan Pereira Oliveira.
A campanha trouxe resultados empíricos que comprovam a efetividade das vacinas usadas. “Foi possível perceber que reduzimos o número de mortes, de internações e de agravamento de casos. Mesmo quem contraiu o vírus após a imunização não ficou tão mal”, observa Oliveira. No total, a cidade teve 9 mortes em decorrência da doença, segundo último boletim divulgado na sexta-feira (9). “Atualmente, só temos quatro casos de Covid, e as pessoas estão em monitoramento domiciliar”, observa o secretário.
Segundo ele, avançar na aplicação de segunda dose na cidade é “só questão de aguardar”, já que o prazo para completar o esquema vacinal de alguns grupos ainda não chegou.
Além do número de doses adequado à realidade populacional, Oliveira destaca o empenho dos funcionários da saúde para aplicarem as doses, tanto nas unidades básicas de saúde da área urbana quanto das áreas rurais, para o avanço da imunização. Nesta semana, a vacinação com a primeira dose vai contemplar todos os adultos com mais de 30 anos. (Com Cristiano Martins)
*O ranking das cidades com maior e aplicação de primeira e segunda dose em Minas Gerais proporcionalmente é feito com dados informados pelas prefeituras e consolidados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Pode haver diferenças em relação aos boletins municipais devido à morosidade no lançamento do conteúdo no sistema unificado. Os percentuais da vacinação são sobre a população geral, segundo o IBGE.