MP pede prisão de responsáveis por rompimento de barragem que matou três em MG

24/08/2021

Fonte:https://www.otempo.com.br/cidades/mp-pede-prisao-de-responsaveis-por-rompimento-de-barragem-que-matou-tres-em-mg-1.2532265

Órgão estadual solicitou à Justiça que os envolvidos no acidente, que ocorreu em Itabirito, sejam levados a júri popular

 

Rompimento_Barragem_Itabirito_Herculano_2014

 

Itabirito. Em 2014, a barragem da Herculano Mineração desabou e matou três trabalhadores
Foto
Foto: Alex de Jesus – 12.9.2014

Os responsáveis pelo rompimento da barragem de rejeitos da Herculano Mineração, em Itabirito, na região Central de Minas, podem ser levados a júri popular por homicídio qualificado. Esse foi o pedido do Ministério Público (MPMG) à Justiça mineira.

A tragédia, ocorrida em setembro de 2014, deixou três mortos e causou graves danos ao meio ambiente. Por isso, o MPMG também solicitou que os responsáveis respondam por crimes ambientais.

O documento requer que os proprietários da empresa, além de auditores e funcionários responsáveis pela estrutura que se rompeu, sejam levados a júri popular. Os promotores de Justiça entenderam que, após a tramitação do processo, há elementos de prova suficientes para que os denunciados sejam julgados pelo Tribunal do Júri.

O pedido, feito à 1ª Vara da Comarca de Itabirito, foi assinado por promotores de Justiça de Itabirito e dos Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e de Defesa do Meio Ambiente (Caoma). Procurada pela reportagem de O Tempo, a Herculano Mineração ainda não se manifestou.

Relembre

A barragem B1 se rompeu no dia 10 de setembro de 2014. Segundo o MPMG, a tragédia aconteceu por causa de irregularidades na gestão ambiental da Herculano e da disposição ilegal de rejeitos em local que deveria estar desativado.

Com a ruptura, toneladas de rejeitos foram carreados, o que gerou o rompimento da Barragem B2 e o galgamento da Barragem B3, chegando a atingir o Ribeirão do Silva, resultando, segundo a instituição, em imenso dano ambiental e na morte de três trabalhadores.

Print Friendly, PDF & Email