Este vídeo mostra o território tradicional da Comunidade Quilombola Barra da Cega, situada na região de Milho Verde, banhada pelo rio Jequitinhonha, denominado no local como rio “Massangano”. Um dos seus principais atrativos turísticos é a cachoeira do Piolho cravada em um alto paredão rochoso apresentando uma bela paisagem. Barra da Cega também vem sendo muito conhecida pela arte do bordado, resultado de um projeto comunitário que reúne, sobretudo mulheres que criaram o “Grupo de Bordados da Barra”. Em 2014 foi inaugurada a sede do grupo, composta por oficina e loja, ponto de encontro para o delicado trabalho do bordado, criações, trocas, novos projetos e sonhos. Na oficina são confeccionados bordados variados em almofadas, lençóis, panos, bolsas, mochilas, vestidos, saias e blusas infantis e adultas. Na loja são vendidos licores, geleias e doces produzidos pela comunidade. Dona Maria José é uma das guardiãs da memória da comunidade Barra da Cega e da Serra do Condado, sendo também bordadeira, benzedeira e grande conhecedora de ervas, plantas medicinais e da culinária tradicional. Na Barra da Cega podem ser avistadas perto do Massangano antigas áreas de mineração e garimpo, importante tipo de sítio histórico da região. Foram indicados muitos bens materiais e imateriais pelos entrevistados e entrevistadas durante o inventário, tais como, moinhos, regos, canais, monjolos, engenhocas, fornos, muros de pedra, cruzeiro, hortas, plantações, árvores sagradas, caminhos antigos, instrumentos musicais, pilões, cochos, panelas antigas e variados artefatos.

Barra da Cega possui grande potencialidade para o turismo rural e cultural de base comunitária. Este vídeo documentário apresenta um banco imagens de entrevistas e de diálogos realizados durante os trabalhos de campo. Foi editado com o mínimo de cortes das filmagens feitas no território da Comunidade Barra da Cega para fins de registro de memórias vivas

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