“Nosso futuro não está à venda”. Esse é o lema do 3º Acampamento Estadual do Levante Popular da Juventude, que reunirá centenas de jovens das periferias, das universidades e escolas, do campo e da cidade para debater qual mundo a juventude mineira quer para o futuro. O Acampamento ocorre entre os dias 7 e 10 de setembro na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Juiz de Fora (MG).
“O acampamento é onde vivemos um pouco desse novo mundo sem opressões, sem machismo, racismo e LGBTfobia, sem fome, sem miséria, onde temos direito à terra, moradia digna, e traçamos planos para ser essa a realidade de todo o povo”, afirmou Caio Freire, da coordenação Estadual do Levante Popular da Juventude em Minas.
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Debates, oficinas, arte e cultura
O Acampamento contará com mesas e rodas de conversas temáticas, onde serão discutidos pautas como o futuro das mulheres jovens, da juventude negra e da juventude LGBT. Também é previsto a realização de oficinas, como de grafite, dança, zumba, rima e de esportes. Por fim, o acampamento também tem em sua programação os momentos culturais, que além de ser uma ocasião de diversão é também a oportunidade de socialização dos participantes.
O Acampamento do Levante de Minas Gerais também contará com a participação de grandes personalidades, como João Pedro Stédile da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), considerado um grande símbolo na luta pela reforma agrária. Além dele, a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), segunda parlamentar estadual mais votada de Minas Gerais, também estará presente.
Para participar, basta entrar em contato com algum membro do Levante da Juventude Popular de sua cidade ou pelo Instagram, em @levanteminas.
Juventude contra Zema
O Acampamento é também, segundo os organizadores, uma resposta a um momento crítico da política mineira, em que o atual governador Romeu Zema (Novo) busca sucatear e privatizar serviços e empresas públicas de Minas Gerais.
O acampamento será uma forma de a juventude popular se organizar e criar estratégias para ter uma voz ativa no que será o futuro da sociedade mineira.
“Atores como o Romeu Zema querem nos tirar o direito de sonhar, querem vender nosso futuro. Querem sucatear a educação estadual, negar o direito à cultura, à cidadania; querem privatizar empresas estratégicas como a Cemig e a Copasa, que cumprem um papel importante para termos acesso a coisas básicas, como saneamento e energia elétrica”, destacou Caio.
O Levante Popular da Juventude
O Levante surgiu em 2012 como um movimento popular de juventude. O movimento busca ser uma alternativa de organização e de criação de um campo de batalha no meio da juventude nacional pela luta por direitos.
“O Levante é uma organização para a juventude que olha pra realidade que a gente vive, olha pra sociedade e se indigna com ela. Nós nascemos para ser essa ferramenta de organização da rebeldia da juventude pela transformação do nosso país”, afirmou Camila.
O Levante tem como um de seus campos de atuação as universidades, a partir da construção do movimento estudantil e de entidades de representação estudantil. O movimento também atua nas escolas brasileiras, a partir de sua frente secundarista, e nas periferias das cidades, com ações de solidariedade, cultura e cursinho popular, por exemplo.
Edição: Elis Almeida