A produção artesanal, as brincadeiras e cantos do povo xacriabá serão temas de três dos cinco documentários que serão exibidos esta semana, como parte festival que comemora a formatura da primeira turma do curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas (Fiei) da UFMG.

Nesta terça-feira, 17, serão exibidos os filmes Artesanato xacriabá: osso, madeira e semente (MG, 2011, 15min), de Marcelo Correa Franco Xacriabá; e A Teta Assustada (Peru, 2009, 91min), de Claudia Llosa. Ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2009 e melhor filme estrangeiro em Gramado do mesmo ano, o filme mostra aspectos do Peru, “país reprimido que só se expressa inconscientemente: por seus mitos, medos, traumas”.

Na quinta-feira, 19, a mostra prossegue com os documentários Andando para o futuro, sem esquecer o passado (MG, 2011, 41min), de Eulina Xacriabá, resultado de pesquisa sobre as brincadeiras e cantos do povo xacriabá; Grafismos xacriabá (MG, 2011, 20min), de Ranisson Xacriabá – o filme é o resultado de pesquisa do diretor sobre os motivos gráficos usados pelo povo xacriabá. Por fim, será exibido Histórias de Mawary (Brasil, 2009, 56min), de Rubem Caixeta, que trata do povo waiwai.

A mostra inclui 19 documentários que tratam da vida, da rotina e das crenças de tribos indígenas. De acordo com o coordenador, Charles Bicalho, que é professor do curso, 12 dos 19 filmes foram produzidos por seus alunos, que pertencem a diversas tribos de Minas Gerais. “O objetivo é divulgar a produção dos professores indígenas aqui de Minas”, ele diz.

O Fiei prepara índios para serem professores em suas aldeias. De acordo com Charles Bicalho, os 140 novos professores são das etnias maxakali, krenak, xacriabá, xukuru-kariri, caxixó e pataxó.

As exibições acontecem no Centro Cultural UFMG (avenida Santos Dumont, 174, Centro), sempre às terças e quintas, a partir das 19h. A entrada é gratuita. A cada dia são exibidos dois ou três filmes. Confira a programação e mais informações sobre os filmes no blog da Pajé Filmes.