A preocupação com o trabalho infantil deve preencher nossa atenção. Dados mostram que no Brasil, o número de trabalhadores entre 5 e 17 anos de idade era de 4,3 milhões em 2009, o que representa 9,8% das crianças e adolescentes do país. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, no mundo, o problema afeta hoje aproximadamente 15,5 milhões de crianças.

Estes números ganham rosto quando constatamos que a maioria das crianças que trabalham são mulheres negras. No caso das crianças quilombolas capixabas que trabalham nos fornos de carvão, isto configura o Racismo Ambiental, pois concentra os danos à saúde, desenvolvimento social e econômico a uma parcela determinada da população.

A Cartografia Social das Comunidades Quilombolas e o Carvão no Sapê do Norte é fruto da mobilização dos quilombolas do norte do estado do Espírito Santo pelos seus direitos. Com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos e do Projeto Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades do Brasil, a presente publicação retrata os desafios enfrentados pelos quilombolas tais como a regularização fundiária e o trabalho nas carvoarias. Convidamos à leitura, reflexão e proposição de mudanças neste cenário.

O seminário vai ser realizado dia 24 de junho de 14:00h às 17:00h na Assembléia Legislativa do Espírito Santo.