O Encontro de Kilombo reuniu, pela primeira vez, quilombolas de Belo Horizonte em uma grande celebração pelo Dia da Consciência Negra
O Primeiro Encontro de Kilombos foi repleto de dança e música(foto: Leonardo Ramos)
Muita gente desconhece, mas Belo Horizonte abriga quilombos urbanos. Os quilombolas criam estratégias para manter a tradição, conforme ocorreu no 1º Encontro de Kilombo, realizado no sábado (20/11), Dia da Consciência Negra. A festa, que contou com muita música, reuniu cerca de 200 quilombolas no quilombo Mangueiras, na Região Nordeste. A capital abriga os quilombos Mangueiras, Manzo,
“Belo Horizonte é um grande quilombo. Nós temos quilombos em vários pontos da cidade. O encontro é para nossa proximidade com essa força que os quilombos carregam”, afirma Tatiane de Oliveira, moradora do quilombo Mangueiras e uma das organizadoras.
Na abertura do evento, foi realizada celebração aos orixás. As festividades seguiram com roda de capoeira, almoço com feijoada e feijão tropeiro oferecido pelo quilombo Mangueiras e rodas de samba do Quilombo Manzo.
Os quilombos Mangueiras, Manzo, Souza, Luíses, já foram reconhecidos pela Fundação Palmares, e o quilombo Matias, iniciou o processo de reconhecimento.
“Ainda estou em êxtase. Era um grande sonho meu, um sonho da minha mais velha, e graças a Deus a gente conseguiu concluir esse sonho”, declarou Tatiane, que é vice-presidente da associação Quilombola, mestra da cultura popular pela Faculdade UEMG e fundadora do espaço Germinar Gelede Ewe Mimò.
O quilombo Mangueiras estava na região antes de Belo Horizonte ser fundada, no entanto, foi “abraçado” pelo crescimento da cidade. O quilombo ocupa área de 19,9 hectares, muito arborizada e banhada por uma nascente