CEO da Favela Holding quer promover interações, trocas de conteúdo e juntar movimentos negros que estão espalhados na internet

Celso Athayde: “É um projeto que já está conectado com as coisas que faço no dia a dia” (Crédito da imagem: Douglas Jacó)

 

Uma rede social para promover maior interação entre negras e negras, com debates, discussões, opiniões e troca de conteúdos sobre empreendedorismo, empregabilidade, beleza, religião, política, cultura, lazer, saúde e outros temas. Essa é a definição para a Black & Black, criada pelo CEO da Favela Holding, Celso Athayde.

Apesar de ainda estar em versão beta, a plataforma já tem algumas personalidades como usuários, incluindo o ator Lázaro Ramos, o também ator e cantor Sergio Loroza, o rapper MV Bill, a colunista Flávia Oliveira e o humorista Hélio de La Peña. “É uma rede social que sincroniza culturas, interesses e não tem ódio. É um movimento de positividade. Há um potencial expressivo de pessoas e empresas que querem falar com esse público. Agora eles podem falar com uma rede inteira, de uma só vez”, explica Celso Athayde.

Celso Athayde. CEO da Favela Holding e Ricardo Mota, CEO da Cativa Digital (Crédito: divulgação)

 

Faz parte do objetivo do projeto juntar diversos movimentos negros que acontecem no Brasil e no mundo e que estão separados na internet, como bailes blacks, beleza negra e religiões afro, por exemplo. Athayde diz trabalhar e investir na Black & Black há quatro anos, que ele classifica também como uma corrente global, cujos membros serão chamados de “Elo”. Apesar de ser voltada para o público e para a cultura preta, o CEO da Favela Holding acrescenta que nada impede que não negros e brancos sejam um dos Elos.

O lançamento oficial da rede social deve acontecer nesta semana, e a versão final da plataforma tem como previsão a data de setembro. A tecnologia é desenvolvida pela Cativa Digital os testes começaram em 2018. A interface tem uma mescla de funcionalidades encontradas em outras redes sociais, mas seu benchmark para a criação da ferramenta de nicho é a própria vivência de seu criador. Por enquanto, o menu do site conta com feed, perfil e opções de conexão com novos e velhos amigos, além de tags de discussão para assuntos como empreendedorismo afro, política e entretenimento.

O aplicativo da rede social já está disponível para dispositivos Android e até o final do mês deve ser lançado para o iOS também. Nos próximos meses, a plataforma ainda deve ganhar notificações de push, compartilhamento em outras redes sociais, marcação de usuários e criação de grupos e enquetes. “É um projeto que já está conectado com as coisas que faço no dia a dia”, ressalta Celso, que também é o fundador da Central Única de Favelas (Cufa), já trabalha em seu dia a dia.

Crédito da imagem de topo: Mariana Mikhailova-iStock

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