Inscrição pode ser feita até o próximo dia 28
As inscrições para o curso de Aperfeiçoamento em Cultura e História dos Povos Indígenas, oferecido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na modalidade a distância, foram prorrogadas. São 150 vagas, distribuídas em cinco polos: Barroso (30), Coromandel (30), Durandé (30), Conselheiro Lafaiete (30) e Ilicínea (30). Os interessados podem fazer a inscrição até o próximo dia 28, no site do Centro de Educação a Distância (
Cead). Para que a inscrição seja efetivada, é preciso que o candidato entregue a documentação exigida no edital pessoalmente no polo escolhido. Outra opção é nomear um procurador (procuração simples) para que ele faça a entrega no polo.
A professora de ensino fundamental Aline Elisa de Castro, 34 anos, trabalha na Escola Municipal José Calil Ahouage, em Juiz de Fora. Apesar de o curso não ser oferecido na cidade, ela não pretende deixar escapar a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre o tema. Afirma que efetivará a inscrição no polo de Conselheiro Lafaiete, cidade que julga ser de mais fácil acesso entre as cinco com vagas oferecidas. Segundo Aline Elisa, a busca por conhecimento acerca da temática indígena não é tarefa fácil. “O meu interesse pelo curso é influenciado pela própria escola em que trabalho, já que o currículo aborda as culturas indígena e afro-brasileira. Encontramos mais opções de estudo sobre a afro-brasileira do que a cultura indígena. Por isso, me inscrevi no curso.”
Objetivos
O curso tem por objetivo qualificar, em nível de extensão, professores das redes de ensino municipal e estadual na abordagem das temáticas cultura e história dos povos indígenas em suas propostas pedagógicas e curriculares. O aperfeiçoamento atende, assim, a Lei nº 11.645/08, “que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena’”.
De acordo com a professora e pesquisadora Angelise Nadal Pimenta, existem cerca de 230 povos indígenas no Brasil, que falam, aproximadamente, 180 línguas. São populações que apresentam hábitos, narrativas e cantos próprios. Mas a maioria da população desconhece essa riqueza cultural, principalmente, por ela não ser abordada da maneira como deveria.
“No Brasil, atualmente, a imagem do índio é passada pela escola ou pela mídia. Há o reconhecimento por parte do poder público de que a escola tem uma dívida histórica com as populações tradicionais do país. É comum que até os próprios livros didáticos abordem a questão indígena como algo do passado, esquecendo-se do fato de que eles continuam existindo”, explicou, ressaltando que a capacitação dos professores das redes oficiais de ensino é um caminho que está sendo trilhado para a construção de uma nova abordagem da questão indígena.
Outras informações: (32) 2102 3487 (
Cead)
Fonte: http://www.ufjf.br