04/06/2020
Recebemos nessa quinta-feira (04), uma notícia revoltante e que só comprova a insensibilidade com a qual o poder Judiciário vem tratando a vida de centenas de famílias que, em meio à pandemia do novo coronavírus, estão sem condições de pagar a pesada cruz do aluguel que tanto sofrimento tem causado ao povo.
Com a paralisação das atividades econômicas, iniciada em março de 2020 em decorrência da COVID-19, milhares de famílias em Minas Gerais estão sem nenhuma fonte de renda, sem emprego e sem poder pagar aluguel e manter um teto sobre a cabeça. Nesse cenário de precariedade, cerca de 100 famílias ocuparam um terreno no bairro Cidade de Deus, no final do mês de maio em Sete Lagoas, e ali se uniram para cumprir a quarentena em segurança, já que o poder público é incapaz de zelar pelo bem estar e pela vida dessas pessoas. Para além disso, a ocupação é também uma forma de reivindicar das autoridades aquilo que é do povo direito: moradia e condições de sobrevivência dignas, principalmente durante a pandemia. ✊
A decisão judicial que autoriza a remoção das famílias afirma que os Oficiais de Justiça poderão usar dos “meios legais para cumprimento da ordem, inclusive arrombamento e força policial”. As famílias não foram sequer convidadas pela justiça para serem ouvidas, sendo que a única reunião agendada, com a prefeitura de Sete Lagoas, se deu após a decisão ter sido anunciada. Exigimos explicações do prefeito Duílio de Castro, e a suspensão imediata da ordem de despejo, dados os riscos de contaminação dessas famílias, e a necessidade urgente do isolamento social.
Clique aqui e assine o abaixo-assinado contra o despejo da Ocupação Cidade de Deus
Compartilhe e divulgue esta denúncia! O povo organizado pode e deve impedir que essa injustiça desumana seja efetivada contra quem mais precisa de ajuda do estado.
#ResisteCDD