Dia da Mulher Trabalhadora Rural

15/10/2020

Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi

Fonte:http://www.contag.org.br/index.php?modulo=portal&acao=interna&codpag=101&id=14144&nw=1&mt=1

Hoje, 15 de outubro, é celebrado em todo o mundo o Dia da Mulher Trabalhadora Rural. Essa data faz, anualmente, a CONTAG, as Federações e Sindicatos refletirem mais sobre os grandes desafios colocados às mulheres, principalmente às trabalhadoras rurais agricultoras familiares.

O enorme corte no orçamento público e o consequente desmonte das políticas para o campo, por exemplo, impactaram principalmente as mulheres.

As trabalhadoras rurais representam 45% da força de trabalho e contribuem com mais da metade da produção de alimentos consumidos no País, segundo o Censo Agropecuário 2017 (IBGE).

A agricultura familiar é a fonte de renda de inúmeras famílias brasileiras e, além disso, alimenta uma cadeia econômica de grande complexidade. Os seus princípios estão em consonância com a agroecologia, valorizando a sustentabilidade ambiental, social e econômica, eixos que dialogam diretamente com a Plataforma da Marcha das Margaridas.

São as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares que, na maioria dos casos, tomam a iniciativa e estimulam as suas famílias à transição de produções convencionais para o modelo agroecológico. Elas são responsáveis por grande parte da produção e são fundamentais para garantir a conservação e manejo da biodiversidade, com destaque para o resgate e multiplicação da diversidade das sementes crioulas e para a produção de alimentos saudáveis, desde os seus quintais produtivos.

Para a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, apesar dos grandes desafios, essa data é muito simbólica por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres trabalhadoras rurais, resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização. “Nesse ano, temos mais um motivo para celebrar, que são os 20 anos de Marcha das Margaridas, símbolo da nossa força e resultado da nossa organização, articulação e mobilização. Através dela, questionamos as bases da desigualdade de gênero e articulamos aspectos importantes da nossa vida, dentre os quais estão a agroecologia, a produção de alimentos saudáveis, a proteção da biodiversidade, o direito à terra e aos territórios e as políticas públicas. A nossa luta é pela vida!”, destacou Mazé.

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