Documentário sobre conflito entre a comunidade Cabeceira do Piabanha, latifundiários e mineradora tem participação de defensora pública

04/06/2020

Fonte:https://defensoria.mg.def.br/index.php/2020/06/04/documentario-sobre-conflito-entre-a-comunidade-cabeceira-do-piabanha-latifundiarios-e-mineradora-tem-participacao-de-defensora-publica/

Live marcará o lançamento da obra na sexta-feira (5/6)

Na sexta-feira (5/6), acontecerá o lançamento do documentário “Coração da Divisa”, que aborda a história de Cabeceira do Piabanha, uma comunidade tradicional do sertão de Minas Gerais, que luta contra os interesses de fazendeiros e da mineradora Nacional de Grafite.

No centro dessa disputa estão não só a luta pela permanência do modo de vida e do território da comunidade, mas também, pelo complexo hídrico e a subsistência do Parque Estadual Alto do Cariri, em Salto da Divisa (MG).

A defensora pública Ana Cláudia da Silva Alexandre Storch, que atua na Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais (DPDH), foi uma das especialistas entrevistadas para a produção do documentário, representando a Defensoria Pública de Minas Gerais.

Ana Alexandre Storch atua a favor da comunidade em uma ação possessória e tem um procedimento aberto relativo à regularização fundiária.

Certificada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a centenária comunidade tradicional agroextrativista e artesã da Cabeceira do Piabanha vivia no município de Salto da Divisa, no Baixo Jequitinhonha, em Minas Gerais, dentro do Parque Estadual Alto Cariri.

Desde 1952, as 12 famílias integrantes da comunidade protegiam as 16 nascentes que dão origem ao Rio Piabanha, um dos afluentes do Rio Jequitinhonha.

Com a pressão de latifundiários e da mineradora Nacional de Grafite, que quer minerar dentro do Parque Estadual Alto Cariri, as famílias deixaram o local após um acordo.

A defensora pública Ana Alexandre Storch explica que a comunidade deve ser protegida pelo Governo do Estado. “A Cabeceira do Piabanha é uma das comunidades protegidas pela Constituição Federal, no seu modo de criar, fazer e viver. São comunidades, que muitas vezes, com a própria vida, defendem um patrimônio ambiental” afirma.

A defensora pública está tomando providências administrativas buscando o retorno da comunidade.

Lançamento e live

O lançamento do documentário, que é uma parceria entre a Rupestres Filmes, a Comissão Pastoral da Terra (CPT/MG) e o Instituto Direitos Humanos de Minas Gerais acontece nesta sexta-feira (5/6), às 10 horas.

Às 18 horas, também desta sexta-feira, haverá uma live via Facebook: CPT-MG Comissão Pastoral da Terra Minas Gerais, com a participação da defensora pública Ana Alexandre Storch.

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