25/04/2022
Produzir alimentos saudáveis, arte e cultura é resistir na luta pela terra e transformação social; o Festival do MST faz parte da agenda de lutas do dia do trabalhador(a)
Terceira edição do Festival em Belo Horizonte tem como lema: “Reforma agrária popular: cultivando terra, arte e democracia”. Foto: David Robins/MST
Entre os dias 29 de abril e 1 de maio, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocupa a cidade de Belo Horizonte com produção saudável, arte e cultura, trazendo o já tradicional Festival de Arte e Cultura e Feira da Reforma Agrária e Agricultura Familiar, que em sua terceira edição, apresenta como lema: “Reforma agrária popular: cultivando terra, arte e democracia”.
Ao longo de três dias do evento, a Praça da Assembleia Legislativa irá receber produtos das nove regionais do MST de Minas Gerais, além de produtos de outros estados e de parceiros da agricultura familiar e da Reforma Agrária.
Serão cerca de 60 toneladas de alimentos e outros produtos da Reforma Agrária e da agricultura familiar. Segundo Maíra Santiago, do Setor de Produção, o Festival é uma forma de garantir a soberania alimentar na cidade e autonomia financeira no campo.
“Esses alimentos saudáveis vindos de nove regionais de Minas Gerais e de outros estados do Brasil, representam a materialidade da função social da terra que a Reforma Agrária representa, em dois aspectos centrais para o MST que são a agroecologia e a cooperação entre as famílias camponesas Sem Terra na produção de alimentos sem veneno e, ao mesmo tempo, cuidando dos bens da Natureza. Trazer toda essa produção para a cidade é demonstrar qual o projeto que queremos para nosso país”, explica.
A proposta do Festival é trazer para Belo Horizonte uma variedade da culinária mineira concentrada em um único lugar e proporcionando às pessoas a possibilidade de degustar diferentes culinárias.
Tradicional nas atividades do MST, a Cozinha da Roça é o espaço da multiplicidade de temperos e sabores, e traz pratos típicos das nove regiões do estado mineiro e mais alguns quitutes de estados convidados.
Ocupar a capital com a produção agroecológica dos trabalhadores e trabalhadoras sem terra é levar a cultura camponesa do cuidado com a terra, das novas relações pautadas pelos princípios agroecológicos a toda a sociedade mineira. E usar a cultura como a potente arma de transformação social, assim, o nosso festival está repleto de atrações artísticas, numa troca rica, integrando campo e cidade.
Pereira da Viola, Titane, Sérgio Pererê, Guê Oliveira e Maurício Tizumba, já estão confirmados para cantar e nos encantar nesses três dias de festival. O tradicional Samba da Nossa Terra, programação fixa do Armazém do Campo, troca de endereço e traz alegria à praça da assembleia. Roda de viola, ensaio aberto do bloco Pisa Ligeiro, e atração surpresa que integra o campo e cidade são algumas das atividades previstas durante a Feira.
A realização do Festival foi garantida por meio de recursos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, através de Emenda Parlamentar do Deputado Federal Rogério Correia e recursos do Projeto de Restauração Florestal e Desenvolvimento Rural Sustentável na Bacia do Rio Paraopeba, em Minas Gerais, executado pela Cooperativa dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Camponesa (Coopertrac).
O que: Festival de Arte e Cultura e Feira da Reforma Agrária e Agricultura Familiar
Data: 29 de maio a 1 de abril;
Horário: de 8h às 22h;
Local: Praça da Assembleia Legislativa MG;
Entrada Gratuita
*Editado por Solange Engelmann