Seres-Rios: festival online celebra rios de Minas Gerais e as histórias e a cultura de quem vive em seu entorno, de 2 a 10/8

Mônica Nunes

O Brasil vive, hoje, um dos mais graves cenários de escassez de recursos hídricos de sua história. Por isso, é urgente refletir sobre o tema, identificar e divulgar iniciativas inspiradoras e buscar soluções para evitar tragédias. Com base nessa realidade, o Seres-Rios Festival Fluvial – que acontece de 2 a 10 de agosto – propõe reflexões sobre as histórias e as relações culturais proporcionadas pelos rios, celebrando a importância e da existência de três dos principais cursos d’água do estado de Minas Gerais.

Por meio do diálogo entre especialistas – em debates ou lives -, de exposições coletivas de arte, da mostra de filmes ‘Rio pra Ver’, de um show (veja abaixo), do Mapa Georeferenciado – com iniciativas e movimentos ribeirinhos – e atividades para as crianças, o evento destaca os rios Doce (Watú), São Francisco (Opará) e Jequitinhonha (Yékyty) e as histórias e a cultura de quem vive em seu entorno.

Reprodução Instagram
Idealizado pelo BDMG Cultural (Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), o festival é gratuito e abre hoje, às 19h, com uma conversa inédita entre o líder, autor e pensador indígena, Ailton Krenak, e a antropóloga peruana, Marisol de La Cadena, sobre Políticas Cósmicas – Como viver sem o rio? Como viver com a Terra? Como viver no mesmo planeta?

Serão debatidas “as questões mais urgentes para a construção de presentes e futuros de convivência com as águas e o planeta” (acompanhe pelo YouTube), com mediação de Ana Gomes, professora titular na Faculdade de Educação da UFMG.

Em seguida, a cantora Monica Salmaso (voz e percussão) e os músicos André Mehmari (piano e marimba de vidro) e Teco Cardoso (flautas) apresentam uma seleção de músicas que celebram na vida, a cultura e a identidade em tornos dos rios mineiros: show A Música dos Rios (acompanhe pelo YouTube).

A programação é extensa e pode ser acompanhada pelo site do evento, inclusive diariamente.

Foto: Edgar Kanaiko Xakriabá/Divulgação