Começa hoje, (1), às 15 horas, e termina amanhã, dia (2), o “Diálogos da Mineração Minas Gerais”, uma realização do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Com participação de Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, e Luiz Siqueira, da coordenação nacional do MAM, o primeiro dia vai discutir “os aspectos dos acordos e desacordos de reparação firmados entre as mineradoras e as instâncias dos poderes públicos” e a realidade de cidades como Barão de Cocais, Nova Lima e Ouro Preto. Essas cidade, na avaliação dos organizadores, “vivem à espera de mais uma tragédia anunciada por parte da mineração”.
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As organizações apontam que, no geral, esses acordos não possuem efetiva participação das comunidades atingidas pelos crimes.
O acordo efetivado entre a Vale e o governo de Minas Gerais tem sido alvo de críticas, por direcionar recursos de reparação do crime da mineradora na bacia do Paraopeba, a obras na Região Metropolitana de Belo Horizonte, como o projeto Rodoanel.
Covid-19 e mineração
O segundo dia traz o debate sobre os impactos da pandemia da covid-19 para os trabalhadores da mineração. Participam da conversa Rafael Ávila ‘Duda’, do Sindicato Metabase Inconfidentes, e Jandira Maciel, médica sanitarista e professora de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
O evento é parte dos desdobramentos de um projeto de pesquisa desenvolvido pelas duas entidades, que tem por objetivo “mapear os impactos socioambientais do setor da mineração” e será transmitido pelo canal do YouTube do MAM.
Edição: Elis Almeida