26/04/2023
Fonte:https://www.otempo.com.br/cidades/indigenas-maxakali-reclamam-de-falta-de-vagas-em-abrigos-de-belo-horizonte-1.2857796Indígenas Maxakali reclamam de falta de vagas em abrigos de Belo Horizonte
Segundo a liderança indígena Alexandre Maxakali, a prefeitura tentou separar o grupo, que é composto por treze adultos e sete crianças, o que eles não aceitaram — Foto: Videopress Produtora
Um grupo de indígenas da etnia Maxakali chegou nessa terça-feira (25) a Belo Horizonte e, até a tarde desta quarta-feira (26), permanecia na rodoviária da capital. Eles reclamam da falta de abrigos para passar a noite.
O grupo veio de uma tribo chamada Escola Floresta, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, com objetivo de permanecer por uma semana na capital. A ideia é comprar miçangas para fazer artesanato, mas um problema com o abrigo onde eles costumam ficar tem atrapalhado a estadia.
Segundo a liderança indígena Alexandre Maxakali, de 30 anos, a prefeitura tentou separar o grupo, que é composto por treze adultos – incluindo homens e mulheres – e sete crianças, o que eles não aceitaram.
“Chegamos ontem e tentaram nos levar para lugares separados, mas isso não aceitamos porque é parte da nossa cultura permanecer juntos”, diz.
Outro ponto apontado por Alexandre é que nem todos do grupo são fluentes na língua portuguesa, o que dificulta a separação do grupo. Enquanto aguardam vagas, os indígenas seguem instalados na porta da rodoviária de Belo Horizonte.
Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte esclareceu que a primeira tentativa de oferecer abrigo foi recusada pelos Maxakali. O grupo recebeu refeições e foi atendido pelo Serviço de Atendimento ao Migrante, no BH Resolve.
Ainda segundo a PBH, a assistência vai continuar acompanhando o caso e segue buscando vagas nos abrigos da capital para atender a demanda dos Maxakali.
“A Prefeitura de Belo Horizonte reforça que os serviços socioassistenciais continuarão acompanhando o grupo durante sua permanência no município, na perspectiva da garantia do acesso aos direitos fundamentais de cidadania, considerando as especificidades dos povos indígenas”, diz o trecho da nota.