Livro de antropologia histórica premiado em evento de Ciências Sociais disponível para download gratuito

07/11/2017

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Bruno Leal, Agência Café História

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS) em sua edição de 2017, outorgou no último dia 27 de outubro o Prêmio de “Melhor Obra Científica” ao livro O Nascimento do Brasil e outros ensaios: “Pacificação”, Regime Tutelar e Formação de Alteridades, do professor João Pacheco de Oliveira, professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRJ (PPGAS/MN). A obra, publicada pela editora Contra Capa, pode ser baixada gratuitamente aqui.

A partir da perspectiva da antropologia histórica, o autor lança mão de uma leitura que vai do Brasil colonial ao Contemporâneo, buscando compreender os indígenas como protagonistas da construção do país. Conforme Oliveira explica na apresentação da obra:

– Este livro reúne textos que, nos últimos anos, a convite de colegas historiadores e antropólogos, escrevi para conferências em congressos, artigos em revistas e coletâneas. Abordam eventos, personagens e processos de momentos distintos da histórias dos indígenas no Brasil, descritos e analisados de maneira separada, sem a intenção de estabelecer entre eles qualquer forma de continuidade cronológica ou nexo causal. Correspondem a olhares específicos que, embasados numa perspectiva etnográfica e dialógica, vim a lançar sobre alguns episódios importantes na história do Brasil. Em todos eles, a intenção é reexaminar criticamente as interpretações atribuídas à presença indígena, explicitando as múltiplas formas de agencia e participação que as populações autóctones tiveram na construção da nação.

Sobre o autor

João Pacheco de Oliveira é antropólogo e Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ. Fez pesquisa de campo prolongada com os índios Tikuna, do Alto Solimões (Amazônia), da qual resultou sua dissertação de mestrado (UNB, 1977) e sua tese de doutoramento (PPGAS, 1986), publicada em 1988. Realizou também pesquisas sobre políticas públicas, coordenando um amplo projeto de monitoramento das terras indígenas no Brasil (1986-1994), com apoio da Fundação Ford, projeto que resultou em muitos trabalhos analíticos, coletâneas e atlas. Orientou mais de 60 teses e dissertações no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), voltadas sobretudo para povos indígenas da Amazônia e do Nordeste, em programa comparativo de pesquisas em etnicidade e território apoiado pelo CNPq e FINEP. Atuou como professor-visitante em alguns centros de pós-graduação e pesquisa no Brasil (UNICAMP, UFPE, UFBA e Fundação Joaquim Nabuco e UFAM) e no exterior (Universidad Nacional de La Plata/Argentina, Università di Roma La Sapienza , École des Hautes Études en Sciences Sociales/Paris, Universidad Nacional de San Martin/UNSAM/Buenos Aires e Institute des Hautes Études de l`Amérique Latine/;IHEAL/Sorbonne Nouvelle/Paris 3).

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