24/08/2013
MINERODUTOS – Audiência Pública
Nesta segunda (26/08/13) às 10h na Assembleia Legislativa de MG (ALMG)
Importante audiência promovida pela Comissão das Águas da ALMG sobre o uso de minerodutos – transporte de minério de ferro impulsionado/misturado a água, até os portos do litoral brasileiro, para exportação de minério.
Quais seus impactos ambientais?
É sustentável?
As comunidades locais concordam?
É viável economicamente? Quem ganha? Para quem?
O desastre ambiental que marcou o mês de julho deste ano, após o vazamento no mineroduto da Samarco Mineração S/A,, poderá ocorrer novamente. A afirmação é do jornalista e ambientalista Jurandir Lazarotti, que percorreu os 396 km do mineroduto que sai do pátio da Samarco, em Germano (MG), e vai até Ubu, em Anchieta, no sul do Estado.
Na ocasião do vazamento, o material, composto por minério, cal, amido, entre outros componentes, atingiu o leito do rio São Sebastião, que desemboca no rio Itabapoana, causando a paralisação do abastecimento público de água da cidade de Espera Feliz, na divisa dos três estados cortados pelo mineroduto.
O material, segundo Lazarotti, foi responsável pela formação de uma camada “plástica” no rio, matando centenas de peixes.
“Quando um mineroduto se rompe são toneladas de uma massa de minério, amido de milho, cal, entre outros. Essa massa fica no rio e impede qualquer sobrevida, chega a formar uma camada densa de 10 centímetros no rio. Ao percorrer o trecho do mineroduto, é possível ver o péssimo estado de conservação. Este não foi o primeiro vazamento, só foi o mais divulgado. Das 36 fazendas cortadas pelo mineroduto, 14 foram vendidas após este episódio”, ressaltou ele.