18/02/2013
Com o tema “Na Sociedade que a Gente Quer, Basta de Violência contra a Mulher!”, cerca de três mil mulheres camponesas, de 22 estados do Brasil, estão sendo esperadas para os dias 18 a 21 de fevereiro no Parque da Cidade, em Brasília.
A abertura está prevista para o dia 18/02/2013 às 14 horas. Logo após, as camponesas irão expor produtos em uma Mostra da Agricultura Camponesa, que acontecerá no mesmo local.
Segundo Noeli Taborda, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o objetivo deste encontro será de “fortalecer o Movimento de Mulheres Camponesas desde a base à direção Nacional, dando visibilidade ao papel importante que a mulher exerce na produção de alimentos, celebrando conquistas e planejando o futuro”.
O MMC possui como missão a libertação das mulheres trabalhadoras de qualquer opressão e discriminação. Isso se concretiza nas lutas, na organização, na formação e na implementação de experiências de organização popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua história. O Movimento tem a preocupação com a soberania alimentar, entendida como a produção de alimentos saudáveis e diversificados para o consumo de toda população brasileira, não apenas de suas famílias.
Durante os dias do encontro, as mulheres vivenciarão diferentes momentos, como plenárias para discutir temas como a produção de alimentos saudáveis, o combate a violência contra as mulheres e o feminismo. Além de estudos, discussões e vivências, as camponesas também terão atividades culturais.
Segundo a dirigente do Movimento da região Amazônica, Tânia Chantel, a importância do encontro se situa no fato de “reunir mulheres do campo de todo o Brasil para discutir e dialogar sobre temas tão importantes como o projeto de agricultura camponesa que defendem, bem como o tema da violência que atinge muitas mulheres do campo, mas que não é visibilizada pela sociedade, pelas autoridades e pela mídia. O encontro também pretende ser propositivo no sentido de fomentar a criação de políticas públicas e novas discussões nos grupos de base nos Estados, visto que muitas políticas públicas não se efetivam na vida das camponesas”.
Já está confirmada a presença de Organizações de Mulheres Internacionais dos países de Cuba (Federação de Mulheres Cubanas), Honduras (Conselho para o Desenvolvimento Integral das Mulheres Camponesas), Colômbia (Federação Nacional Sindical Unitária Agropecuária), Venezuela (Frente Nacional Campesina Ezequiel Zamoura), Chile (Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas), Paraguai (Coordenadora Nacional de Organizações de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Indígenas), República Dominicana (Confederação Nacional de Mulheres do Campo), Itália (Universidade de Verona) e África (União Nacional de Camponeses de Moçambique e uma articuladora de organizações de camponeses da África do Sul – TCOE).