20/01/2011
Serão lançados os livros “Eu Tenho um Sonho. De King a Obama – A Saga Negra do Norte” e “Textos de Negros e Sobre Negros” em parceria com a Imprensa Oficial do Estado
Data: 25 de janeiro
Hora: das 13 às 17 horas
Grátis
Em comemoração aos 457 anos da cidade de São Paulo o Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo promoverá dia 25 de janeiro, das 13 horas às 17 horas, uma programação especial com a abertura das exposições “A Natureza Viva de Frans Krajcberg” e “As Bandeiras do Vodu e os Primeiros Momentos do Terremoto”; o lançamento dos livros de arte “Eu Tenho Um Sonho – De King a Obama – A Saga Negra do Norte” e “Textos de Negros e Sobre Negros”, organizados pelo artista plástico Emanoel Araujo e coedição com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; além do lançamento da nova edição da Revista Afro B – 03, publicação trimestral Museu Afro Brasil/Pontão de Cultura.
As exposições
– A Natureza Viva de Frans Krajcberg – de 25 de janeiro a 27 de fevereiro. Uma seleção de fotos que revelam a grande paixão do artista, que é também um assumido defensor da natureza. Da visão deste amante solitário surgem imagens de beleza sedutora. As folhas, as flores, as matas e as florestas. Para esta mostra, o curador Emanoel Araujo selecionou 16 imagens que fazem parte do Calendário 2011 da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Frans Krajcberg é escultor, gravador e fotógrafo polonês, naturalizado brasileiro e radicado desde 1972, no Sul da Bahia , onde vive e trabalha entre milhares de espécies nativas que ele mesmo plantou em seu sítio. “ Ele é um descobridor da beleza e do poder de fazer surgir, no meio das mais profundas florestas carregadas do silêncio e da intocabilidade, a sua voz de defensor eterno e apaixonado. Ele é um cultivador dos seres vivos, que acolhidos pelo seu olhar, se abrem para o Sol e se mostram em seu esplendor…”, disse Emanoel Araújo.
– As Bandeiras do Vodu e os Primeiros Momentos do Terremoto”- De 25 de janeiro a 27 de fevereiro – A exposição apresenta objetos sagrados haitianos ao lado do trabalho fotográfico dos brasileiros Anderson Schneider e Caio Guatelli, jornalistas que foram à capital Porto Príncipe para a cobertura da catástrofe que assolou o país em janeiro de 2010. A mostra comemora o lançamento do catálogo “O Haiti Está Vivo Ainda Lá”, da exposição apresentada no ano passado com 350 peças – entre bandeiras, garrafas e recortes sagrados. A publicação, lançada em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, apresenta o colorido da arte religiosa e dos símbolos sagrados do Vodu, com bandeiras bordadas, garrafas estampadas, bonecas rituais, recortes de chapas de metal e de borracha.
Nesta mostra objetos e imagens colocam lado a lado o sagrado e a resistência do povo haitiano marcado por traumas e infortúnios. A arte religiosa é representada por cerca de 70 objetos sagrados presentes nos rituais de Vodu. Já as imagens refletem o caos, a dor e a resistência de um povo diante da destruição de sua terra natal. São 70 fotos de Anderson Schneider e Caio Guatelli que mostram as ruas de Porto Príncipe tomadas por escombros, sobreviventes, cadáveres, equipes de socorro e militares. “Espessas colunas de fumaça erguem-se de todos os cantos da cidade como legiões de valquírias negras, levando aos céus as feridas da terra – feridas que deixaram com ainda menos os que já quase nada tinham”, narrou Anderson. As fotos de Caio traduzem momentos de angústia vividos no cumprimento do dever de repórter. “O cenário da cidade destruída pelo terremoto fica ainda mais caótico, quando barulhos de tiros soam no meio da correria. O cheiro de cadáveres agora se mistura ao de pólvora, e a tragédia parece só aumentar…”, disse.
Lançamentos de livros
– Textos de Negros e Sobre Negros – Org. Emanoel Araujo (Coedição Museu Afro Brasil e Imprensa Oficial do Estado de SP). O livro é um mergulho na vida, na cultura e na construção da complexa identidade do negro brasileiro. São mais de 30 textos formando uma super coletânea, onde negros (famosos ou não) refletem sobre personalidades negras que tiveram um olhar sensível, mesmo na adversidade de momentos poucos favoráveis, mas cheios de paixão para entender, compreender e interpretar o outro. As páginas misturam escritos de personagens célebres com Luís Gama, Teodoro Sampaio, Machado de Assis, Cruz e Souza, Auta de Souza e Noel Rosa com contemporâneos como Mello Moraes Filho, Roger Bastide e Oswaldo de Camargo.
Entre os textos estão “O Príncipe Obá II”, de Mello Moraes Filho; “O Africano Colonizador”, de Manuel Raimundo Querino; “Aspectos da influência africana no Brasil”, de Gilberto Freire; “Uma festa de Xangô no Opó Afonjá”, Vivaldo Costa e Lima; “A importância nacional do negro”, Édison Carneiro; “O emparedado”, Cruz e Souza; “Sabina”, Machado de Assis; “Retrato de um primo”, Emiliano Di Cavalcanti; “Mulato Bamba”, Noel Rosa; “Mais cedo ou mais tarde”, Geraldo Pereira; “Poemas Negros”, Jorge de Lima; “Ao pé do túmulo”, Auta Souza; “Negra”, Golçalves Crespo; “O estranho”, Oswaldo de Camargo; e “Ética enviesada desvia enfrentamento do problema negro”, Milton Santos, entre outros.
“Este livro não traz somente textos sentimentais de negros sobre negros, mas, nas linhas e nas entrelinhas, o grande legado construído na adversidade (…) Nestas páginas estão escritas as lutas vividas por cada cidadão afro-brasileiro, que alimentou a sede de liberdade”, escreveu Emanoel Araujo.
– Eu Tenho Um Sonho. De King a Obama – A Saga Negra do Norte” – Org. Emanoel Araujo (Coedição Museu Afro Brasil/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo). A obra é baseada na exposição de mesmo nome, inaugurada em 20 de novembro de 2009. Imagens, textos e obras foram selecionadas para celebrar, em um pouco mais de um século após a Abolição dos Escravos, a grande conquista do afro-americano: ter um negro na presidência dos Estados Unidos. É uma recuperação histórica que sublinha momentos importantes desde a escravidão, passando pela abolição, Guerra da Secessão e culminando com a luta pelos direitos civis, marcada pelo grande líder Martin Luther King e finalmente a eleição de Barack Obama. O livro destaca as obras inéditas de nove artistas brasileiros: Antonio Hélio Cabral (obra: KO), Antonio Peticov (obra: Nobel Obama), Alex Ornest (obra: Controlando a Máquina), Baravelli (obra: Ilustração no estilo americano), Claudio Tozzi (obra: Obama), Helena Sardenberg (obra: Keep on walking), Futoshi Yoshizawa (obra: Multidimensão com B. Obama), Ivald Granato (obra: Barack Obama-Emanoel Araujo), Newton Mesquita (obra: Barack Obama), Macaparana (obra: Dia de Obama/Série Cidades) e Siron Franco (obra: Porta Retrato do Menino Barack Obama).
Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.
Localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador, Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor Curador do Museu. A biblioteca do museu, cujo nome homenageia a escritora, “Carolina Maria de Jesus”, possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade, nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca.
O museu mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o programa “Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade”, atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.
Funcionamento: de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18h)
Estacionamento: Portão 3 – Zona Azul
Entrada: Grátis
Classificação: Livre
Para maiores informações: faleconosco@museuafrobrasil.org.br
Para agendar visitas: agendamento@museuafrobrasil.org.br ou
Fone: 55 11 3032-8900 ramal 121
Diretor curador: Emanoel Araujo
Diretor executivo: Luiz Henrique Marcon Neves
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº
Parque Ibirapuera- Portão 10
São Paulo- SP – Brasil
CEP: 040094-050
Fone: 55 11 3320-8900
Claudia Alexandre
Assessoria de Imprensa
comunicacao@museuafrobrasil.org.br
Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n
Parque Ibirapuera – Portão 10
São Paulo / SP – Brasil – 04094 050
Fone: 55 11 5579 0593// 11 7881-2688