O evento contou com uma extensa programação envolvendo atividades virtuais. Um dos organizadores do evento, Gustavo Augusto celebrou o sucesso da Caravana mesmo adaptada acontceu dentro do planejado e lembrou que “a Festa da Terra é uma tradição muito bonita e mais uma vez foi um evento muito bacana, tratando do chão que a gente pisa, um chão tão sonhado por nossos ancestrais e que hoje podemos reconhecer, entender e festejar”.
O diretor da EFA Paulo Feire, Gilmar Oliveira também comemorou o resultado do evento especialmente pelas trocas e discussões proporcionadas. “Realizar a Festa e a Caravana, mesmo nessas condições possibilitou a continuidade da integração da EFA com todas as lideranças das bases dos movimentos e entidades parceiros. Foi uma missão cumprida”.
Gilmar afirma ainda que centenas de pessoas se envolveram em torno de temas importantes para a atual conjuntura da região e do Brasil. “Avançamos dialogando sobre muitos assuntos que estão na pauta hoje do CTA, da UFV, UFOP e UFJF, do MAB, da Rede Sapoqui, do Fomene, da OCA, da Pastoral Afro, das EFAS e da Associação do Grupos Culturais e Artistas da Terra de Acaiaca (AGCAT) e outros artistas.
Ao todo foram realizados cinco encontros com lideranças de 27 municípios, uma Plenária da Rede Sapoqui que reuniu mais de 50 participantes, além das ações socioculturais como a Live sobre a História da Festa da Terra, Enconto de Folia, Congado, Caravanas e Calendário Sociocultural e a super Live de encerramento da Festa que contou com a participação de diversos artistas populares.
Esse espaço especial para a cultura e os artistas popular é um marco da Festa da Terra e esse ano mais uma vez os artistas e agentes culturas puderam trocar experiências sobre suas manifestações e se apresentar. Para Gilmar essa foi uma oportunidade ainda mais significativa em 2020, já que os shows e apresentações não estão acontecendo normalmente e eles tiveram a possibilidade de reencontrar o público mesmo que virtualmente.
Desafios
Mesmo com o sucesso na realização das atividades propostas, Gilmar aponta que a conexão com a internet foi um grande desafio. “Todo mundo conseguiu acompanhar o que estava acontecendo, mas nem todos puderam debater e trazer a sua realidade devido à internet ruim. Eu acho que 85% do público direto da EFA teve essa dificuldade de participar concretamente nos momentos dos encontros”.
O diretor reconhece que essa é uma realidade evidenciada pela pandemia e que deve ser tratada com atenção, mas também afirma que o momento serviu para que mais pessoas aprendessem a usar as novas tecnologias e as redes sociais e “ocupassem esses espaços alimentando as pessoas com informações saudáveis”.
Distribuição de mudas
Durante a programação também aconteceu a distribuição de mudas de verduras e legumes produzidas pelo projeto Rede Solidária de Alimentação Saudável desenvolvido pela EFA Paulo Freire e a FIOCRUZ. A entrega contou com o apoio de CTA e foi feita nas comunidades de Loredo e Boa Vista em Diogo de Vasconcelos, em Mafra no município de Ponte Nova, nas comunidades de Lages e Barro Branco em Barra Longa e na Vila Santa Efigênia no município de Mariana.
Autor: Lílian Moura