23/12/2021
Um grupo de lideranças do povo Pataxó HãHãHãe e Pataxó da Aldeia Katuramã, sofreu um crime de racismo no restaurante “Tropeirão do Jucão” por parte de funcionários seguindo ordens do dono do restaurante. Segundo a denúncia feita pela cacica Celia Angohó, o grupo se encontrava com uma equipe de saúde da aldeia, quando foram intimados a saírem do ambiente com a alegação que eles teriam que “se vestir”, apesar da advogada Alessandra Vilaça, justificar que os indígenas tinham o direito de ser respeitado em suas tradições e costumes, de nada adiantou, e até mesmo a advogada foi ofendida em sua honra e alega também ter sofrido ofensa por ser negra. Os indígenas já estiveram em outros momentos no mesmo restaurante, e nunca tinham sido agredidos.
Os agressores parecem desconhecer o artigo 231 da Constituição Federal, que reza: “São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”. Nenhuma norma ou procedimento particular pode se sobrepor a Lei Magna do País.
As lideranças prestaram queixa e abriram um boletim de ocorrência e pedem providencias. É preciso dar um basta nesta situação, “Chega de racismo, chega de preconceitos contra as comunidades tradicionais”, afirmou Angohó.
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