31/07/2012
Cerca de 50 representantes de três sub regiões do norte da Bahia estarão reunidos entre os dias 31 de julho e 1º de agosto, em Juazeiro, para discutir os efeitos da atividade mineradora em comunidades rurais tradicionais de dezenas de municípios baianos, bem como nas bacias hidrográficas dos rios Itapicuru, Paraguaçu, São Francisco e Salitre. O evento acontece no Centro de Formação da Diocese de Juazeiro, no distrito de Carnaíba do Sertão.
Outros objetivos do encontro, intitulado de “Seminário Atingidos pela Mineração”, estão discutir a relação das mineradoras com projetos do PAC, do governo federal, a relação com órgãos do governo como INEMA, IBAMA, e DNPM, e as mudanças na legislação ambiental brasileira, sobretudo no Código Florestal.
Em 2011, a Bahia concedeu mais de 1400 alvarás para pesquisas em mineração. Em nossa região, empresas mineradas estão se instalado gradativamente. Devido a Lei Kandir, aprovada em 1999 durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, os Estados não recebem o ICMS de exportação dos dividendos gerados pela exploração de minérios.
Mais de 90% da atividade mineradora no Brasil acontece a céu aberto. A forma que mais causa danos ao meio ambiente. É o exemplo do que acontece próximo à comunidade de Angico dos Dias, em Campo Alegre de Lourdes. Vários comunitários reclamam da poeira que chega às suas casas, gerada pela mineradora instalada a cerca de um quilômetro do povoado.
SERVIÇO:
O quê: Seminário Atingidos por Mineração
Quando: 31 e 1º de agosto de 2012
Onde: Centro de Formação da Diocese de Juazeiro, no distrito de Carnaíba do Sertão em Juzeiro-BA
Com quem: Trabalhadores rurais moradores de áreas ameaçadas por mineração das regiões de Juazeiro, Senhor do Bonfim, Ruy Barbosa e Submédio do São Francisco
Para quê: aprofundar as análises à cerca dos impactos socioambientais causados pela mineração nas comunidades ameaçadas pela atividade de extração de minérios, bem nas bacias hidrográficas Francisco e Salitre
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