A comunidade do Amaral situa-se na região de Capivari, Serro, nos arredores do Pico do Itambé. O local é conhecido em função da cachoeira do mesmo nome, referência para os turistas e moradores da região. A comunidade é constituída por poucas casas de integrantes de uma mesma família, sendo a matriarca a Sra. Maria de Lourdes Ribeiro, esposa do falecido Sr. Geraldo (filho do Sr. José Pedro e Dona Joseli), moradores antigos de Amaral.
Sobre o inventário de bens culturais, foram indicados no território uma velha tapera, antigo forno, alambique, pedra com quebra-coco, canal de água, pilão, fornalha, hortas, zonas de plantio e abrigos de pedra. A cachoeira é importante ponto de lazer da comunidade, sobretudo para as crianças. Alguns integrantes também são apanhadoras(es) de flores sempre viva. Também há um pequeno curral com algumas vacas de onde se tira o leite. Tradicionalmente, produzem farinha, aguardente, queijo, bolos e biscoitos. Algumas escarpas ao redor da comunidade possuem evidências arqueológicas pré-coloniais, como figurações rupestres em suas paredes abrigadas e outros testemunhos. As
crianças desenharam durante a oficina de etnomapa o território de Amaral, indicando as casas e os nomes de seus moradores, destacando o que elas consideraram importante ficar bem registrado sobre a memória e a paisagem de Amaral.
Este vídeo documentário apresenta um banco imagens de entrevistas e de diálogos realizados durante os trabalhos de campo. Foi editado com o mínimo de cortes das filmagens feitas no território da Comunidade Amaral e arredores para fins de registro de memórias vivas.

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