LAPINHA MUSEU VIVO
VII ENCONTRO DE CULTURA DE RAIZ
“Lapinha Museu Vivo: VII Encontro de Cultura de Raiz” acontece entre os dias 25 a 27 de junho de 2010, na Lapinha, em Lagoa Santa /MG. O encontro chama a sociedade civil e o poder público para elaboração do Projeto Lei em defesa do patrimônio vivo de Minas Gerais que trata da aposentadoria específica para mestres populares, fomento para construção de sedes próprias e planos de saúde especiais para este segmento a partir do diálogo com representantes das comunidades tradicionais, Mestres de Capoeira Angola, Ministério da Cultura e movimento sindical e outros.
Nesse encontro artistas, produtores culturais, capoeiristas, comunidade e o público em geral, terão acesso as oficinas gratuitas de capoeira angola, brincadeiras, percussão, dança afro e educação ambiental. O encontro terá a vivência com mestres da cultura popular como a capoeira angola, dança afro, Candombe, os reinados de congo de Nossa Senhora do Rosário e os participantes do boi da manta. Em 2010 o mestre antigo convidado é Mestre Cúrio, da Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos de Mestre Cúrio, em Salvador-BA. Outro destaque está para “Mostra FórumDoc.MG: 3ª mostra itinerante do filme documentário e etnográfico”, com os mais expressivos filmes produzidos sobre a temática indígena e negra. As atividades acontecem na Igreja Nossa Senhora do Rosário, Camping do Rod, Oca construida de Bambú (próximo à Igreja) e Museu da Lapinha.
São três dias de muita reflexão e práticas culturais com rodas de conversas, shows diversos (MBP, samba, forró e reggae), tambor de criola e exibição de vídeos. O "Lapinha Museu Vivo" já foi apreciado por mais de 8 mil pessoas e vêm provando que valorizar a cultura popular e regional é o grande instrumento para a formação de cidadãos comprometidos com as questões sociais. O "Lapinha Museu Vivo: Encontro de Cultura de Raiz" foi idealizado e realizado em 2004 pela Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa) através da coordenação geral do Mestre João Bosco, por meio de seu núcleo Irmandade Atores da Pândega, em Lagoa Santa , coordenado pelo treinél Gercino Alves.
O QUE ACONTECE NO LAPINHA MUSEU VIVO —
25 a 27 de junho de 2010 em Lagoa Santa
O encontro visa a valorização do patrimônio cultural imaterial brasileiro através do intercâmbio cultural promovido com a troca de experiências dos grandes mestres de tradição oral. Assim o evento tem trazido para Minas grandes mestres da capoeira angola, alguns alunos diretos de Mestre Pastinha. Este ano, Jaime Martins dos Santos, conhecido como Mestre Curió, aos 73 anos é um dos mestres convidados do Lapinha Museu Vivo.
O Lapinha Museu Vivo, já recebeu , Gildo Alfinete e Boca Rica (representantes da ABCA – Associação Brasileira de Capoeira Angola), Morais (GCAP), Manoel(Grupo de Capoeira Ipiranga de Pastinha), Gil Velho (RJ), Cabelo (Itacaré-BA), Virgílio (Grupo de Capoeira Angola Mucumbo) e João Pequeno (Academia João Pequeno de Pastinha,) esse guardião da Capoeira Angola no Brasil, Mestre Dunga, Mestre Márcio Alexandre, dona Mercês e dona Divina (Candombe da Serra do Cipó e Mato do Tição) e dona Isabel (Guarda de Moçambique e Congo de Treze de Maio), Rainha Conga de Minas Gerais.
DESTAQUES de 2010 (aguarde: no próximo e-mail outros DESTAQUES)
MESTRE CURIO – Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos – Salvador, BA
Nasceu em Candeias, interior da Bahia e desde os seis anos de idade pratica a Capoeira de Angola. Em Salvador no Pelourinho, juntamente com a mestra Jararacá desenvolve atividades na Escola de Capoeira Angola Irmãos Gêmeos de Mestre Curió. O mesmo vem trabalhando com vários projetos sociais, também através de palestras e oficinas atuando em diversas cidades brasileiras e também no exterior. Mestre Cúrio foi dirigente da Associação Brasileira de Capoeira Angola – ABCA e vem divulgando e valorizando a Capoeira Angola, promovendo encontros discutindo a importância da educação e valorização dos mestres antigos. Com intenso trabalho com jovens e crianças nas periferias da cidade, a sua escola tornou-se também Ponto de Cultura.
CANDOMBE DO MATO DO TIÇãO – Jaboticatubas, MG
O Candombe tem uma ligação direta com o reinado, ou seja, o culto à Nossa Senhora do Rosário, sendo chamado por alguns como o pai do congado. A Comunidade do Mato do Tição é responsável pela manutenção dessa herança cultural em Jaboticatubas, MG. Na cidade o Candombe é tradição cultural de matriz africana mantida desde a época dos escravos que continua a ser passada de pai para filho sem interrupção. Dona Divina de Siqueira, 79 anos, é a matriarca de lá. Para ela o Candombe é sua “diversão e alegria é a reza, o axé do santo. Lembro-me da capela Nossa Senhora de Lourdes, a casa do meu pai (Jair Teodoro de Siqueira – capitão de Candombe) já falecido”. Divina explica que o pai era contador de batuque e contador de histórias, era viúvo e tinha 12 filhos. A parede da sala de Dona Divina, é cheia de fotos em preto e branco, amareladas e antigas. Há fotografias dos pais, santos e momentos guardados na memória da ancestralidade e da tradição no ritual do candombe da família Siqueira. Divina explica que quando o pai ia rezar, chamava os filhos, dessa forma natural que tradição era passada. Na região não tinha congado, todo anos eles participavam do Reinado de Nossa senhora do Rosário na cidade de Jaboticatubas. Dessa forma, o candombe era apresentado para os forasteiros. Seu ritual acontece através de três tambores e com a puíta (semelhante a cuíca, mas feita de madeira) e com os Guaiás (em forma de concha, na parte inferior é amarrado um pedaço de cuia, as sementes, colocadas dentro deste instrumento artesanal, produz um som de chocalho). Esses dois últimos instrumentos, dependendo do local, não são mais utilizados, sendo priorizados apenas os três tambores. Os pontos (cantos) são fundamentais, pois direciona a crença e a festa. Pontos que vão desde a abertura ao encerramento, passando pela louvação aos ancestrais, falam também sobre demandas, brincadeiras, saudação de capitães, bandeiras, para pedir cachaça, sobre bandeira, mulheres e apaziguamento. O cantador é também aquele que dança no centro da roda, ao sair, chega até os tambores no término do canto e silencia o batuque com a mão ou o braço se curvando. Os pés fincados no chão, (ligação direta terra e ceú) e o corpo curvado reverenciam os ancestrais, os tambores e diversas entidades.
QUEM SOMOS
A Acesa realiza em Belo Horizonte desde 1993 trabalhos de formação nas áreas de capoeira angola, dança afro, percussão e teatro com atividades nas 15 frentes de trabalho (Centro, Vila Acaba Mundo, Morro do Cascalho, Santa Tereza, Barro Preto, Pampulha, Santa Luzia, Jardim Canadá, Contagem, Betim, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Codisburgo, Ribeirão das Neves e Coronel Fabriciano), atendendo mais de 300 alunos. Saiba mais pelo site: www.eusouangoleiro.org.br
SERVIÇO:
Evento: "Lapinha Museu Vivo: VII Encontro de Cultura de Raiz"
DATA: 25 a 27 de junho de 2010
Local: Igreja Nossa Senhora do Rosário/Lapinha em Lagoa Santa-MG
Realização: Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa)
Inscrição: Sede da Acesa em BH – Rua da Bahia, 570 – 12º andar
Taxa de inscrição: R$ 60,00 (incluindo alimentação e camping durante o evento)
Venda de camisa
Sede da Acesa em Lagoa Santa
Rua Melo Viana,420 B. Várzea – Lagoa Santa/MG
INFORMAÇÕES:
(31) 99982756 e 3689-5128
(Rosangela Silva – Produtora Executiva)
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Assessoria: (31) 99176762 ou 3467-6762 (Júnia Bertolino)