O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) interrompeu o processo de licenciamento do projeto Bloco 8, da Sul Americana Metais (SAM), no Norte de Minas, pois poderá causar sérios impactos sociais, econômicos e ambientais, principalmente na região dos municípios de Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite e Josenópolis. O empreendimento minerário atingiria ainda diversas comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e geraizeiros do Norte de Minas e o minerioduto impactaria ainda diversos territórios do Vale do Jequitinhonha e Sul da Bahia até chegar em Ilhéus.

A Comissão de Legislação Participativa, da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Rogério Correia, realizou audiência pública para tratar das consequências da instalação. Ocorreu no dia 21 de Setembro de 2021 e contou com a audiência de 6 mil pessoas pela plataforma E-Democracia. Participaram representantes do Poder Público, da empresa e das comunidades tradicionais atingidas pelo projeto do empreendimento. Um dos questionamentos dessa audiência foram as manobras para facilitar o licenciamento do complexo, que já teve negativas anteriores pelo Ibama em decorrência da magnitude dos impactos socioambientais. Estudos já mostravam que o sistema previsto nessa empreitada amplia o modelo de mineração responsável pelos crimes ocorridos em Mariana e Brumadinho. O resultado dessa audiência pública foi incluído na CPI de Brumadinho como uma recomendação que paralisasse o processo de licenciamento da SAM Mineração e isto consta no relatório da Comissão.